Certo dia, Jesus
deixou a Judéia e, e foi outra vez a Galiléia. Era necessário passar pela
cidade de Samaria, uma região montanhosa pertencente ao antigo Reino de Israel
e rival do reino de Judá. Ao descansar
junto a uma fonte de água, encontrou uma mulher samaritana, com quem iniciou
uma conversa. A mulher ficou surpresa, pois judeus e samaritanos raramente
trocavam palavras. Foi então que Jesus disse-lhe:
“Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”.
“Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna”.
A mulher ficou
tão encantada com as palavras de Jesus que esqueceu a sede, deixando o cântaro
perto do poço, e correu para relatar ao seu povo o que Deus tinha feito em seu coração. Logo os discípulos chegaram e estavam
preocupados, pois Jesus não tinha se alimentado naquele dia. Pediram que seu mestre que comesse, porém este
respondeu:
“A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.”
“A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.”
Tal como dormir
e descansar, comer é uma necessidade diária de qualquer ser humano. A primeira
vista Jesus estaria negando essa necessidade, mas, após uma análise mais
aprofundada das escrituras, percebemos que Ele tinha fome e sede como qualquer
pessoa e isto restou comprovado quando passou quarenta dias no deserto sob
forte tentação para comer e beber.
O que podemos
perceber neste texto é a relativização da importância de água e comida para
Jesus. Os seus discípulos estavam bastante preocupados em suprir suas
necessidades biológicas, mas o foco de Jesus naquele momento era expandir a boa
nova a outros reinos e assim o fez ao encontrar a mulher samaritana perto da
fonte de água.
Os seus discípulos
estavam vendo o mundo apenas na matéria, mas Jesus estava falando de algo muito
mais importante. Ele nos mostra que,
além da comida material, também devemos alimentar nosso espírito com a palavra
e a presença de Deus em nossa vida. Essa era a sua mais deliciosa e nutritiva
comida. Jesus tinha convicção da sua missão (fazer a vontade do Pai) e de sua
visão (concluir a obra a Ele confiada).
Jesus tinha
uma missão na terra e nós também temos a nossa. Nós fomos chamados pra falar da
boa nova, nós fomos chamados para mostrar para o mundo que há esperança e
ajudar àqueles que estão necessitados. Ao imitarmos Jesus, transcendemos uma
existência meramente humana e encontrarmos a razão de um novo coração constituído
através do espírito santo que nos dá vida. Mas será que vamos olhar para o dia
de amanha como sendo uma etapa inconclusa de nossa missão na terra? Há uma obra
a ser concluída e você é participante deste processo. Para completarmos nossa
missão, não precisamos ser teólogos, pastores ou padres. Talvez não conheçamos
nada ou quase nada das escrituras, mas o Deus que a escreveu mora dentro de
você. Há pessoas que precisam ouvir urgentemente as maravilhas que Deus fez em
nossa vida e até mesmo seu breve testemunho de conversão.
O reino de
Deus é uma parceria maravilhosa. Alegra-se quem semeia e alegra-se quem colhe. Talvez
você não colha o que está plantando, talvez não seja você que vá colher. Não se
preocupe com a colheita, preocupe-se apenas com o semear. Certo dia, um
missionário e sua mulher, que estava grávida, foi ministrar a palavra a uma
tribo de índios muito ferozes. Após alguns dias, um índio atacou e matou o missionário. Diferentemente do
esperado, sua esposa não desistiu, continuo firme na aldeia a ensinar o
evangelho aos ferozes índios. Seu filho nasceu, cresceu e foi batizado. Mas por
quem? Por aquele índio que havia matado seu marido, que se converteu e se tornou
o líder espiritual daquele povo.