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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

O tesouro escondido

     O texto hoje tem como base a 2ª Carta de Paulo aos Coríntios.

     É inato de qualquer ser humano possuir tesouros. Aqui não estamos falando de valores monetários, mas de dádivas doadas por Deus e guardadas em nosso interior. Mas como vamos encontrá-los? Descobrindo o motivo da nossa existência, pois jamais teremos vida plena sem a compreensão do motivo pelo qual fomos feitos. Quando exercemos nossa principal finalidade, alcançamos o mais amplo potencial.

     Na Igreja de Coríntio, havia uma cultura baseada na importância das características externas, tais como a beleza física. Paulo, em suas cartas, pretende mudar essa realidade. O apóstolo divulga a ideia de que todas as coisas boas não saíram de sua mente, mas vieram de Deus, que o tinha escolhido para uma missão especial. Logo, Paulo não queria a glória própria, mas glorificar aquele para quem veio. Estudando pouco mais profundo a Carta de Paulo, percebemos que todos nós temos a capacidade de fazer grandes coisas para humanidade.  Precisamos entender qual o serviço nos foi destinando através da descoberta dos nossos tesouros. Descobri-los é uma questão de sabedoria e fé, e negá-los é uma prova de que há cegueiras mais complexas que a dos olhos.

     Nunca devemos desanimar em nossa missão, pois tudo que temos e possuímos vêm da misericórdia de Deus. O que o Deus colocou dentro de nós é tão precioso que devemos olhar pra vida e afirmar que nunca utilizaremos de engano e exporemos a verdade diante de todos. Paulo nos ensina que esse tesouro, que é seu papel na sociedade, tem que ser cuidado com muita dedicação e respeito. O ministério deve expressar a pura verdade do evangelho, sem acréscimo e enganos. Portanto, a nossa vida tem que ser clara, plena e genuína, nunca usando a mentira para alcançar qualquer objetivo. O nosso tesouro está em vaso de barro para demonstrar que todo poder não provem de nós, mas de Deus, que confiou um ministério poderoso e valioso a pessoas imperfeitas e frágeis como nós. A grande é questão é que muitas vezes esquecemos que o ouro é o espírito e barro somos nós, mas ficamos achando o contrário, é por isso que sofremos.

     Paulo mostra para os Coríntios que seu sofrer, o morrer por Cristo a cada dia, ser tribulado, perseguido, era arte de uma obra grandiosa para que ele pudesse pregar o evangelho. Quanto mais assumimos a realidade desse tesouro dentro de nós em um dia de luta, mais o senhor usa a nossa história e o nosso exemplo para levar o conhecimento da palavra a mais pessoas, trazendo vida e glorificando o nome do senhor.

     Quando fazemos a vontade de Deus, exteriormente e visivelmente estamos desgastados, mas Paulo afirma que, quando nos usamos o tesouro que está dentro de nós para fazer aquilo que Deus quer que façamos, o espírito santo nos fortalece por dentro a cada amanhecer. Os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna. Assim fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas naquilo que não se vê, pois o que se vê é transitório e o que não se vê é eterno.

     Deus colocou o tesouro do evangelho dentro de nós, por ato soberano e misericordioso. Tal ato não foi baseado na nossa dignidade, mas no seu amor exclusivo. Vale a pena sofrer por amor a Cristo à medida que revelamos esse amor a outras pessoas.