O
texto hoje tem como base a 2ª Carta de Paulo aos Coríntios.
É
inato de qualquer ser humano possuir tesouros. Aqui não estamos falando de
valores monetários, mas de dádivas doadas por Deus e guardadas em nosso
interior. Mas como vamos encontrá-los? Descobrindo o motivo da nossa
existência, pois jamais teremos vida plena sem a compreensão do motivo pelo
qual fomos feitos. Quando exercemos nossa principal finalidade, alcançamos o mais
amplo potencial.
Na Igreja de Coríntio, havia uma cultura baseada na importância das características
externas, tais como a beleza física. Paulo, em suas cartas, pretende mudar essa
realidade. O apóstolo divulga a ideia de que todas as coisas boas não saíram de
sua mente, mas vieram de Deus, que o tinha escolhido para uma missão especial.
Logo, Paulo não queria a glória própria, mas glorificar aquele para quem veio. Estudando
pouco mais profundo a Carta de Paulo, percebemos que todos nós temos a
capacidade de fazer grandes coisas para humanidade. Precisamos entender qual o serviço nos foi
destinando através da descoberta dos nossos tesouros. Descobri-los é uma
questão de sabedoria e fé, e negá-los é uma prova de que há cegueiras mais
complexas que a dos olhos.
Nunca
devemos desanimar em nossa missão, pois tudo que temos e possuímos vêm da
misericórdia de Deus. O que o Deus colocou dentro de nós é tão precioso que devemos
olhar pra vida e afirmar que nunca utilizaremos de engano e exporemos a verdade
diante de todos. Paulo nos ensina que esse tesouro, que é seu papel na
sociedade, tem que ser cuidado com muita dedicação e respeito. O ministério
deve expressar a pura verdade do evangelho, sem acréscimo e enganos. Portanto,
a nossa vida tem que ser clara, plena e genuína, nunca usando a mentira para
alcançar qualquer objetivo. O nosso tesouro está em vaso de barro para
demonstrar que todo poder não provem de nós, mas de Deus, que confiou um
ministério poderoso e valioso a pessoas imperfeitas e frágeis como nós. A
grande é questão é que muitas vezes esquecemos que o ouro é o espírito e barro
somos nós, mas ficamos achando o contrário, é por isso que sofremos.
Paulo
mostra para os Coríntios que seu sofrer, o morrer por Cristo a cada dia, ser
tribulado, perseguido, era arte de uma obra grandiosa para que ele pudesse
pregar o evangelho. Quanto mais assumimos a realidade desse tesouro dentro de
nós em um dia de luta, mais o senhor usa a nossa história e o nosso exemplo
para levar o conhecimento da palavra a mais pessoas, trazendo vida e
glorificando o nome do senhor.
Quando fazemos
a vontade de Deus, exteriormente e visivelmente estamos desgastados, mas Paulo
afirma que, quando nos usamos o tesouro que está dentro de nós para fazer
aquilo que Deus quer que façamos, o espírito santo nos fortalece por dentro a
cada amanhecer. Os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para
nós uma glória eterna. Assim fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas
naquilo que não se vê, pois o que se vê é transitório e o que não se vê é
eterno.
Deus colocou o
tesouro do evangelho dentro de nós, por ato soberano e misericordioso. Tal ato não
foi baseado na nossa dignidade, mas no seu amor exclusivo. Vale a pena sofrer
por amor a Cristo à medida que revelamos esse amor a outras pessoas.